Agora que o Congresso aprovou, ainda na noite de quarta-feira, a proposta de emenda à Constituição (PEC), que altera as datas do calendário eleitoral deste ano em razão da pandemia, a classe política pode trabalhar de forma ainda mais clara ao mirar um horizonte: garantir o passaporte de ida para o segundo turno às eleições de Santa Maria. Até o momento, temos encaminhadas, ao menos, seis pré-candidaturas.
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GRID DO MOMENTO
Neste grid, constam o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), que vai à reeleição, o vice-prefeito Sergio Cechin (Progressistas), Luciano Guerra (PT), Marcelo Bisogno (PDT) ou Fabiano Pereira (PSB) - a definir quem será o cabeça de chapa -, Jader Maretoli (Republicanos) e Evandro de Barros Behr (Cidadania). Há, ainda, a situação do DEM, que reivindicará protagonismo no pleito, ao que tudo indica, com Rodrigo Menna Barreto.
Os partidos observam as novas datas do calendário eleitoral: 15 de novembro (primeiro turno) e 29 de novembro (segundo turno). A pandemia, contudo, trouxe outras alterações para o pleito. Com isso, há, ao menos, dois momentos neste novo calendário que passam a vigorar com as alterações da PEC. O primeiro deles, que trata das convenções partidárias e as definições das coligações, será de 31 de agosto a 16 de setembro. A partir de 26 de setembro, será dado início à propaganda eleitoral (também na internet).
CENÁRIOS
Haverá espaço para mais pré-candidaturas? Se sim, elas devem vir de partidos mais à esquerda (PSTU, PSol). Algum nome colocado no tabuleiro, porventura, irá recuar? Teremos algum candidato que deixará de concorrer para mudar de lado?
Também, ao observar o presente momento, é difícil que isso ocorra. O fato indiscutível é que todos tentarão emplacar a ida para o segundo turno.
SAI NA FRENTE
Mesmo que seja uma eleição imprevisível por toda conjuntura - pandemia (e tendência de abstenção eleitoral) e descrédito da população com a classe política -, um partido sai na frente para garantir a ida ao segundo turno: o PT de Luciano Guerra.
Ainda que o parlamentar não tenha o brilho nem o tamanho político do maior nome da sigla na cidade, o deputado estadual e ex-prefeito Valdeci Oliveira, Guerra tem algo que só o PT possui: militância e filiados coesos.
Além do que, historicamente, ao observar os pleitos locais, o PT tem tido sempre um retrospecto favorável. Ou seja, está sempre na presente na final da disputa democrática pelo voto popular.